quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Luzes de Natal

Luzes
De Amor
Esperança
E Alegria

Luzes
Que me lembram
Da criança
Que fui um dia

Luzes
Da promessa
De um futuro
E que motiva

A gente a ver
O Menino nascer
Com a fé
Da criança
Que fomos um dia

(Carol Quinteiro)

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Sou gente

Não sou especial
Nem deficiente
Não fale mole
Não me trate diferente
Por que sou eu o devagar
Se você não me entende ?
Eu aprenderia melhor
Se o mundo fosse Consciente
Não me ignore
Sou gente

Me ensine
Não me poupe
Me explica
Não me esconda
Se atente
Mas não me estranhe
Me proteja
Mas não me prenda

Me cative
Me corrija
Me crie
Mas não me faça
Diferente
Sou gente

(Carol Quinteiro)

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Desisti
De insistir
Em viver
Sobrevivendo

Antes
Pular alto
E cair
No abismo
Que tropeçar
Em remendo

(Carol Quinteiro)

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Essa tal de Arte

O que é arte ?
Um pensamento
A parte
Confuso
Excêntrico
Uma outra
Realidade

Modo de ataque ?
Ou bandeira branca ?
Realidade ?
De quem ?
De onde ?
Qual verdade ?

Liberdade?
Expressão ?
Ou obrigação ?

Busca
Maquiavélica
Incessante
Por aceitação

(Carol Quinteiro)

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Sou Pantaneiro

Sou boiadeiro
Berrantero
Sertanejo

Sou gaiteiro
Violeiro
Sou farreiro

Me emociono
Com sertanejo
Pé de Serra

Sou amante
De churrasco
De tereré

Sou pescador
Laçador
E cantador

Sou devoto
Da Mãe Aparecida
Eu sou Caipira

Sou gente fina
De chapéu
E de botina

Sou Pantaneiro

(Carol Quinteiro)

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Ela

Ela tem voz
De anjo
Jeitinho doce
E calmo
Delicada como
Bailarina

Com uma dose
De desastre
Gritos e
Gargalhadas
E um rio
Cafeína

(Carol Quinteiro)

domingo, 3 de setembro de 2017

Fita Amarela

Só por hoje
Tente não desistir
Só por hoje
Se dê outra chance
Só por hoje
Tente outra vez sorrir

Só por hoje
Prepare um chá
Só por hoje
Me deixa te ouvir
Só por hoje
Não ligue pra nada
Só por hoje
Confia em mim

Só por hoje
Não apresse o fim.

(Carol Quinteiro)

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Sinais

Carrego sinais
No pescoço
No pulso
Nas mãos
Para me lembrar
Das marcas
Do meu coração

Trago tais sinais
Pra que o mundo veja
Não pertenço a ele
E para nunca esquecer
De não me acomodar nele

Não, meu lugar é outro
Sou Filha do Rei
Herdeira de um Reino
Nem tão distante
Mas eterno

Fui escolhida
No orfanato
Um vale de lágrimas
Para onde escolhi
Jamais voltar

Mas para melhor agradar
Aquele que se fez meu Pai
Trabalho noite e dia
Esperando ele chegar

Ah, quando ele chegar...
Será que estarei pronta ?
Reviso minha mala
Todo dia, tentando esvaziar
Pois Ele avisou
Nada poderei levar...

E quando ele me adotou
Pos-me no Exército!
Sim, Exército !
Não é castigo
É honra !
É aqui que estão todos
Toda a Geração
Todos meus irmãos
E vamos em busca
Busca incessante
Por novatos...

Sim, a família é grande
Cada dia um novo irmão !
E vivemos a base de Pão !
Oh, sim, maravilhoso Pão...

E continuamos a marcha
Faces e peitos ungidos
Óleo de guerreiro
Óleo sagrado
Óleo da tradição

Batalhas ?
Ora, claro
Escolhidas a dedo
Pra cada guerreiro
Vitória a vitória
Tombo a tombo
Enfrentamos
Caímos
Vencemos
Crescemos...

Falando assim
Até parecemos grandes...
Não se engane
Cada cabeça
Já se coloriu
Com o negro da cinzas
Para nos lembrar
Que somos pó
E ao pó voltaremos

A marca do Pó
Talvez o mais
Importante Sinal
Carregado pelos Escolhidos...

(Carol Quinteiro)

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Notas ocas

Pegue aquela
Caixa oca
De madeira
Com um braço
E uns seis pedaços
De fios nylon
Prenda bem
E se esconda
Naquele oco
Escuro canto
Do seu quarto

E dedilhe
Bata e grite
Tudo o que há
O que saiu
E o que guarda
No músculo oco
Em seu peito

(Carol Quinteiro)

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Pessoas Normais

Um dia eu serei uma
Dessas pessoas normais
Só por um dia
Só pra saber como é

Ah essas pessoas
Serenas
Comportadas
Decididas

Enquanto isso
Meu coração
Faz tempo
Não bate
Dança Pipoca !

             (Carol Quinteiro)

domingo, 16 de abril de 2017

Descombinando (II)

Ele baixo
Ela violão
Ele clássicos
Ela anos 2000
Ele Star Wars
Ela a Bella e a Fera
Ele George Martim
Ela Kiera Cass
Ele paçoca
Ela trufa de menta
Ele SP
Ela MS

Sim
Continuavam
Descombinando
Mas
Se amando...

              (Carol Quinteiro)


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Banco do pátio

Sabe aquele banco
Ali perto do parquinho
Com um pouco de sombra
E um outro tanto de sol
Poucas vezes foram
As que sentamos direito
Sempre no encosto
Costas na grade
E os pés no ascento

Ainda lembro do cheiro
Cachorro quente bem cedo
Poucas coisas tão boas
Quanto aquilo

Cara de sono
9 da manhã
Acorda que tem chão
Abraço de amigo
Colo de irmão

Música sempre
Cola da prova
Quem sabe
Tarefa copiada
Conversa aleatória
Bobeiras sem fim
Gargalhada de idiota

Sabe aquele banco
Frio, duro, apertado
Foi bem ali
Os melhores
E eternos
20 minutos
De toda minha vida

            (Carol Quinteiro)


quinta-feira, 30 de março de 2017

Morena

Ah, Morena
Olho- te com os olhos
De uma filha pródiga
A reencontrar a mãe

Te observo
Como uma saudosa poeta
Que retorna do exílio

Te admiro curiosa
Como a criança sonhadora
A redescobrir o próprio jardim

Morena, Morena
Jamais perde seus encantos
Alegria de seus traços
O brilho no olhar de tua gente
E o calor de teu abraço

              (Carol Quinteiro)


Poetizar


Sente
Ama
Escreve
Guarda

Ri
Vive
Escreve
Refaz

Canta
Dança
Descreve
Poetize

               (Carol Quinteiro)


quarta-feira, 29 de março de 2017

Simples versos

Poemas autorais
Temas sazonais
Versos verdadeiros
Sinceros
Legíveis
Reais

(Carol Quinteiro)


terça-feira, 28 de março de 2017

Três Segundos

Todo dia
Semana
Saudade aperta
Te espero
Olho o celular
Até você ligar
Mostrar o teto
O cachorro
Menos o rosto

E a prima boba
Olhando pra tela
Risonha
De ouvir sua voz
Com seu jeitinho
Teu sorriso
Tão esperto
Peculiar
Sincero

Tanto amor
Que não cabe
Em tuas ligações
De três segundos


                (Carol Quinteiro)


quarta-feira, 22 de março de 2017

Sem assunto

Tenho saudades
De falar com você
Mas , pra variar
Não sei o que dizer
Ou mesmo
Escrever

Abro a conversa
Olho sua foto
Parece bem

Está feliz ?
Estudando?
Qual será o curso ?
Trabalhando?
Será estágio ou fixo ?
Namorando ?
E quem será ?

Mil perguntas
De tanto tempo
Passou
Nesse mundo instantâneo
Eu continuo
Sem assunto

          . . .
    
                     (Carol Quinteiro)


quinta-feira, 16 de março de 2017

Canção de Exílio

Dói sentir saudades
Mas talvez doa mais
Não sentir

Se perceber um estranho
No lugar que nasceu
Cresceu, viveu
E deixou de existir

E aquela que tinha raízes
Paixões e nostalgias
Hoje sofre de melâncolia
Ao se deixar substituir

Quando o presente
Surpreende
No passado, é inútil
Persistir

Dói sentir saudades
Mas talvez doa mais
Não sentir

               (Carol Quinteiro)


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Aquela Menina

Sou aquela
Menina quieta
Que se torna
A mais tagarela

Sou aquela
Menina tímida
Até estar à vontade
Para ser ela

Sou aquela
Menina sincera
Ama abraço
Bem apertado

Sou aquela
Menina desastrada
Desajeitada
Cai, derruba
E dá gargalhada

Sou aquela
Que nunca chora
Mas se chorar
Favor abraçar

                     (Carol Quinteiro)


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Sobre a Água

Quem diz que
Água não tem cheiro
Nunca deveras
Dançou na chuva
Brincou na beira do rio
Caminhou na praia
Ou penteou os cabelos
Dentro do box do chuveiro
Depois de um banho aquentado

Quem diz que
Água não tem sabor
Não matou a sede de verão
Ou a melhor de todas
Depois comer um doce bom
Nunca provou o salobra do interior
Ou experimentou a alegria
Do tereré, mate ou chimarrão

Quem diz que
Água não tem cor
Terá parado para ver o mar ?
Adimirou uma cachoeira ou gruta ?
Ou se dado ao luxo
De soprar bolinhas de sabão ?

Mas de todas as qualidades
A minha predileta
Seja no rio ou na chuva
No banho ou na praia
Da água eu gosto mesmo
É do som !

                 (Carol Quinteiro)


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Amizade (II)

Das formas de amor
Julgo a mais interessante
Por que não inusitada
Essa tal de amizade

Compromisso descompromissado
Carinho cativado
Desapego apegado
Proteção e cuidado

É abraço apertado
Ombro seguro
Conselho bem dado
Irmão escolhido
Riso solto
Segredo guardado

           (Carol Quinteiro)

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Ataquismo

Vivo de ataque
De choro
De riso
De chatisse
De bobeira
De tédio
De hiperatividade
De silêncio
Ou cantoria

Assim mesmo
Sem ordem
Sem regra
Sem sentido
Ou motivo

Ser normal ?
É chato

                 (Carol Quinteiro)